terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PARIS - OUTONO NA CIDADE LUZ



Ainda não consegui definir Paris com outro adjetivo que não seja LINDA!! De dia, de noite, com sol ou com chuva, no frio ou no calor, essa cidade vai te encantar de uma maneira especial. Achei a cidade bem organizada e limpa - apesar de não ter visto muitas lixeiras publicas. Muitos jardins e parques bem cuidados. E nem mesmo o fato de os parisienses serem chatos vai diminuir a sua admiração pela capital francesa.
Isso mesmo: chatos! Não sabem falar outra língua (ou pelo menos não querem falar) que não seja o francês. Até a mulher da cabine de informação do metrô não sabia...Poxa informação na linha de metrô mais turística de Paris só falar francês não ajuda muito né!! Então percebendo isso, antes de sair do hotel, pegávamos todas as informações possíveis com o recepcionista. Sim, recepcionistas e garçons são ótimas pessoas para tirar duvidas porque são atenciosos, geralmente falam outras línguas e na sua maioria não são franceses, talvez por isso sejam mais simpáticos kkkkk!!!
Por isso também é importante saber algumas palavrinhas em francês para abordar e iniciar um dialogo por lá. Merci (obrigado), bonjour (bom dia), pardon (perdão, desculpe), l´addition s´il vous plait (a conta por favor), Où sont les toilettes? (onde é o banheiro) e parlez-vous anglais? (você fala inglês?) foram muito uteis e aprendi tudo por aplicativos do iphone. Eu escutava e repetia. A tecnologia hoje pode salvar a gente em algumas situações. Mas pelo menos nas sinalizações de metrô e pontos turísticos as placas eram escritas em várias línguas.
Tem muitos imigrantes em paris, conheci gente do mundo todo que trabalham por lá: italianos, indianos, tunisianos, etc. Devido a essa imigração toda é comum ver pessoas que pedem esmola no metrô, que dormem na rua, africanos vendendo bunginganga chinesa e avisos de batedores de carteiras em muitos locais turísticos. São os males de qualquer grande cidade!
Viajamos pela TAP saindo de Recife, a passagem custou R$ 2.500 por pessoa. O hotel de Paris foi o Point Rivoli - http://www.hotel-pointerivoli.com/, reservado pelo Booking.com. Muito bem localizado, perto de muitos pontos turísticos, com parada de metrô na frente, bares em volta, supermercado, farmácia e salão de beleza ao lado. O único defeito do hotel é que não tem elevador. Para nós não seria problema mas estávamos num grupo de 5 pessoas e uma delas sendo idosa, teve um pouco de dificuldade.
café da manhã no hotel = 8euros/pessoa
café da manhã do restaurante (crossant+espresso) = 7euros/pessoa
comprinhas no mercado para tomar café e lanchar = +/-5euros/pessoa


- portinha de entrada do hotel/nosso quarto/escadarias antigas e apertadas


PRIMEIRA NOITE
Chegamos ao hotel no fim da tarde, e a noite já combinei de encontrar uma amiga que está morando em Paris para sairmos para jantar. Fomos caminhando ao bairro Saint German, um bairro boêmio, cheio de bares e restaurantes. Começamos logo experimentando o fondue de carne e queijo, e o foie gras que é um patê de figado gordo de pato ou ganso. Fiquei um pouco apreensiva em provar essa iguaria francesa mas acabei achando uma delícia. Foi uma ótima noite de gastronomia, lições de francês e muito vinho da casa!!
fondue de queijo = 15euros
fondue de carne = 22euros

-fondue da noite


 -docerias em Saint German

 
- muitos bares entre as ruelas e uma vendas de frutos do mar em frente a um restaurante.

SEGUNDO DIA
Pegamos o metrô Linha 1 - amarela até a Champs-Elysee e fomos caminhando até a Torre Eifel, pelo caminho passamos em frente ao Grand Palais e Petit Palais,  pelo Hotel des Invalides (onde ficam os restos de Napoleão Bonaparte), pela Ponte Alexandre III ( a mais bela da cidade) onde admiramos o rio Sena e de longe já se vê a torre, e pela Assembleia Nacional. Chegamos a torre pelo jardim Champ de Mars. Foi nossa primeira visão do que eu achei até agora o ponto turístico mais bonito que já vi de todas as viagens que já fiz!!! Admiramos, tiramos muitas fotos e fomos conferir a fila para subir na Torre. Como era domingo, estava muito lotado e resolvemos voltar durante a semana pois havia muito tempo ainda.
Depois de atravessar para o outro lado da torre chegamos novamente as margens do rio Sena e resolvemos fazer um passeio de barco. Ali na ponte D´Iena tem várias paradas de barco para passeio, então pagamos 13euros cada e embarcamos. O passeio é bem legal, passa por vários pontos turísticos e por baixo das principais pontes, que são ainda mais belas quando vistas do rio. Pena que estava muito frio e pegamos um barco com teto de vidro porque o vento era de matar. O bom é que o guia falava varias línguas, e o tour de áudio você também escolhia entre 7 linguas para ouvir num aparelho que parecia um telefone, cada cadeira tinha o seu. Não tem áudio em português mas tem espanhol, italiano e inglês. Saímos do passeio e fomos almoçar tarde no restaurante Le Georges V, na Champs-Elyseé,  e depois voltamos para o hotel.
metrô = 1.80 euros (uma ficha vale para ida e volta, guarde-a e reutilize)
passeio de barco = 13euros
opções de almoço: omelete = 12euros
                               salada = 14euros
                                prato com carne = 21euros
                               suco = 6euros
                              coca-cola = 5euros




- Grand Palais

- Hotel des Invalides e sua cúpula vista por trás do palácio

















- caminhando até a Torre Eiffel e logo ela surge deslumbrante!!



- estação dos barcos ao lado da Torre Eiffel e os pontos turisticos os quais o barco passa.
- nós no passeio de barco

















- Ponte Alexandre III vista do barco , linda!!




- a torre também vista do barco



- nosso almoço as 5h da tarde no restaurante George V na Av.Champs Elyseè

Durante a  noite saímos cedo para dar uma volta na Champs-Elyseé, aproveitamos para visitar o Arco do Triunfo a noite (porque todos os monumentos em Paris merecem ser vistos de dia e de noite),  passeamos observando as vitrines de marcas luxuosas, carros importados e tomamos um sorvete na Häagen-Dazs para encerrar a noite super fria.
1 bola de sorvete = 4.50euros
2 bolas de sorvete = 6.5euros
brownie explosion = 8.50euros









TERCEIRO DIA
A manhã do terceiro dia foi dedicada ao Louvre. Na verdade, se você gosta mesmo de artes e deseja conhecer o museu todo terá que dedicar um dia todo ou mais a ele.
Eu, meu marido e meu pai resolvemos escolher cada um, uma atração que mais interessava. Por sorte cada atração escolhida ficava em um setor diferente do Louvre, o que nos proporcionou ver mais coisas enquanto percorríamos o museu para chegar a essas atrações.
Quando você pega o metrô pela linha 1 amarela - estação Palais-Royal/Museè du Louvre já sai praticamente dentro do museu, na parte subterrânea onde fica a piramide menor de cabeça para baixo. Caminhando até o salão principal que fica logo abaixo da pirâmide maior, que fica no pátio externo do louvre, você identifica 3 entradas diferentes com os nomes: Richelieu, Sully, Denon. Pegue logo um mapinha em português no balcão de informações, porque você vai precisar!!!! Se for passar o dia com calma por lá vale a pena alugar o guia em áudio, um aparelho com fone de ouvido que vai te guiar por cada área do louvre explicando suas obras de arte na língua que você escolher.
Cada ala dessas do museu tem quase 4 andares com os mais variados temas expostos.
A primeira atração (que foi a minha escolhida) claro que foi o famoso quadro de Leonardo Da Vinci: Gioconda, vulgo Monalisa!! Fica na ala Denon, no primeiro andar, que é todo só de pinturas.
Quando chegar no recinto do quadro não se espante com o aglomerado de pessoas tentando tirar uma foto com a Monalisa, é normal o tumulto. E também não se espante se não conseguir ver o quadro de longe, porque ele é um quadro pequeno e singelo e com tanta gente em volta, você só conseguirá vê-lo quando se espremer no meio da multidão. O legal foi o caminho até chegar lá, tantos quadros, um mais lindo que o outro, alguns surpreendem pelo tamanho, outros pela beleza e vivacidade. Sem querer desmerecer a Gioconda de Da Vinci, que tem mais fama do que beleza em si!
Ticket do Louvre  1- coleções permanente = 12euros
                              2- hall Napoleão = 13euros
                             3- bilhete combinado (1+2) = 16euros

- Louvre e suas pirâmides: me senti no livro Código Da Vinci (de Dan Brown)







- inúmeros quadros e detalhes da ala Denon



- a famosa e pequena Monalisa



- outras áreas do Louvre

Nossa segunda opção (escolha do meu pai) foram os cômodos de Napoleão. Todos os temas de Idade Média, Renascimento, Restauração e Monarquia ficam na ala Richelieu.
Foi uma ótima escolha porque a riqueza que a monarquia escancarava na cara da sociedade realmente impressiona, é tanto ouro que pode ofuscar os olhos. Os detalhes minuciosos das pinturas no teto, os maiores lustres que já vi na vida e os papeis de parede em cores vivas levam qualquer mero plebeu de hoje a se imaginar como rei ou imperador naquela época. 







- apartamentos de Napoleão III



A terceira e ultima visita foi ao Egito Faraônico (escolha do meu marido). Nós percorremos 2 andares da ala Sully procurando múmias egípcias e depois de muito tempo achamos e só havia uma. Que decepção!! Mas valeu muito a pena o caminho até lá: antiguidades gregas, código de Hamurabi, estátua de Ramsés, Afrodite, fossos do Louvre medieval, jóias faraônicas, sarcófagos, esfinges e o Livro dos Mortos. Uma verdadeira aula de história.




- Código de Hamurabi e jóias faraônicas





- Esfinges, túmulos, sarcófagos e a Múmia!

 - O livro dos Mortos

Ao sairmos do museu voltamos caminhando em direção a Catedral de Notre Dame, aliás a melhor maneira de se conhecer , respirar e sentir Paris é andando a pé. Para você ver todas as pontes, as praças e os próprios parisienses vivendo seu dia a dia: praticando corrida nos parques, namorando, fumando ou lendo as margens do rio Sena, sentados nos inúmeros cafés nas esquinas. A impressão que se tem é de que ninguém trabalha, estão todos a toa, falando sobre arte ou papeando com um cigarro na mão (pra nós que estamos acostumados com tanta lei anti-fumo é um pouco incômodo ver o tanto que eles fumam e até em restaurantes e lugares mais fechados). Passamos então pela Ponte dos Cadeados, uma tradição que assim como na Itália (portão de Julieta em Verona), as pessoas apaixonadas escrevem seu nome e de seu conjugue em um cadeado, o trancam na ponte e jogam a chave no Rio Sena para nunca mais abri-lo e seu amor será eternizado!!!! Claro que uma tradição linda dessa não podia passar em branco por nós e novamente eu e meu marido trancamos nosso amor em mais uma cidade! Além de também ser uma maneira de deixar um pedacinho de nós, uma marca, em Paris para sempre!!
Cadeado do ambulante = de 4 a 6euros





Seguindo pelas margens do rio Sena vimos varias barracas armadas nas muretas que cercam o rio e elas vendiam inúmeras pinturas de artistas locais, algumas vendiam lembrancinhas, livros antigos originais, discos de vinil de música francesa e até antiguidades.
Mais a frente já avistamos a Catedral. Ela fica em um trecho de terra onde o rio sena se divide em 2 e depois se encontra novamente, como uma espécie de ilha entre dois braços do rio, tanto que esse pequeno pedaço da cidade é chamado de ìle de la Citè. 
A Catedral é imponente, seu estilo gótico é lindo e ao mesmo tempo um pouco amedrontador. De noite e vista por trás lembra um castelo mal assombrado!! Mas iluminada pela luz do sol é majestosa. Para entrar na nave da igreja não se paga nada, somente é cobrada a subida até a cúpula para ver a vista da cidade.Como já estava no fim da tarde e a fila era grande, optamos só por entrar na igreja e ir logo comer alguma coisa.
Neste dia que estávamos lá (segunda-feira 11/11) era feriado oficial na França (Armistício 1918) e também o ano em que a Catedral estava completando 850 anos. Tinha até uma missa especial acontecendo.

Lanches nas barraquinhas ao redor da Catedral: 
              crepe (doce ou salgado) = 5 euros
               misto quente / hot dog = 5 euros
               café = 3 euros


- Catedral de Notre Dame vista do rio, vista de frente e por dentro


- Catedral por dentro, detalhes da entrada e a parte de trás


Depois de almoçar, já no final da tarde, voltamos ao hotel passando pela prefeitura de Paris, que recebe o nome de Hôtel de Ville, na Praça do Municipio.

hotel de Ville

A noite encontramos nossos 2 amigos queridos, Gaby (brasileira que mora em Paris) e Martìn (francês) para um chopp e fomos conhecer o bairro Montmartre, onde fica a Basílica de Sacrè-Coeur. Esse bairro é super charmosinho pois fica no alto de uma colina e tem bares, restaurantes e lojinhas de souvenirs a bons preços. Foi uma noite de petiscos franceses, chopp e vinho super agradável.


- Basílica Sacrè-Coeur



-bairro Montmartre


QUARTO DIA
Retornamos na manhã seguinte para Montmartre com o resto do nosso grupo para visitar a Basilica e fazer algumas comprinhas, pois o preço das lojinhas lá é bem mais barato. Uma pena que o dia estava chuvoso e uma neblina cobria a vista da cidade que é linda lá do alto da colina onde fica a igreja. A igreja é feita de uma espécie de pedra-sabão e por isso nunca escurece. 
Para subir até a basílica você pode subir de escadas (se tiver fôlego!) ou pegar o trenzinho Funicular que custa o mesmo do metrô (mesmo ticket).



- Basilica Sacrè-Coeur, linda por fora e por dentro


- vista do alto da colina


Nesse mesmo bairro Montmartre fica o Moulin Rouge e aproveitamos para comprar os convites do espetáculo para mais tarde. Esse bairro é a antiga área dos cabarés e caminhando por ele você vê a toda esquina lojas de sexshops, casas de massagem, cinemas pornôs, tudo que envolva sexo está nessa região ao redor o Moulin Rouge. Aproveitamos para lanchar por lá pois os preços eram mais baixos que nas proximidades de outros pontos turisticos.
Pegamos o metrô de volta e descemos no Arco do Triunfo, (então lá vai mais uma fotinha!!) e passamos o resto do dia nas lojas da Champs-Elyseè (FNAC, MAC, Tommy, Louis Vuitton, zara, sephora, são alguma das marcas que você encontra por lá).










A noite também foi de chuva e combinou perfeitamente com nossa programação: o show do Moulin Rouge. É um espetáculo que recomendo, pode agradar toda a família, mas não se deve levar crianças porque por ser um show de cabaré tem momentos que as dançarinas usam fantasias semi-nuas, com seios a mostra, mas eles conseguiram retratar os famosos cabarés parisienses de antigamente com muito glamour. São apresentações de dança, cantores, malabares e comediantes. 
Segundo as regras da casa, não se pode tirar fotos. Nem adianta levar a máquina porque eles revistam e confiscam sua máquina até o final do show, maaaaaas celulares não!! Então graças aos smarts fones de hoje deu para burlar um pouquinho as regras!! Sim, dei meu jeitinho brasileiro, mas tudo em nome da informação para vocês queridos leitores.....
Achamos que a entrada que incluía champanhe era a que mais valia o preço cobrado.
O nome do espetáculo que assistimos era Féerie.
Os horário das sessões são 19h, 21h e 23h e a duração do show é de 2h.
entrada Moulin Rouge: -sem jantar e sem bebida = 99 euros
                                   - com 1/2 garrafa de champanhe/pessoa = 109euros
                                   - com jantar e bebidas = 180 a 210 euros



- Moulin Rouge



QUINTO DIA
Acordamos logo cedo e partimos para Versailles. Na estação Châtelet ou St.Michel você pega o trem RER linha amarela C5-Versailles-RivesGauche. Uma viagem curta de uns 40min com muitas paradinhas chatas mas dá até para tirar um cochilo pois o trem é bastante confortável. Essa estação Versailles-RivesGauche fica a 10min caminhando do Palácio de Versailles.

- caminho até o Palácio e portão de entrada todo em ouro

O castelo se divide em 3 atrações principais: 
1 - Le Château (o palácio) com o hall dos espelhos, os grandes apartamentos e o quarto do rei e da rainha. A entrada custa 13 a 15euros.
2 - Le Châteaux de Trianon et le domaine de Marie-Antoinette (os palacetes do Trianon e a casa de Maria Antonieta), que consistem no Grande Trianon, Pequeno Trianon, Casa rustica de Maria Antonieta e os jardins ingleses e franceses. A entrada custa 6 a 10euros.
3 - Les Jardins (os jardins) que são 77hectares de jardins típicos franceses, mais de 400 esculturas e 14 bosques somente acessíveis nos dias dos shows Musical das Fontes e Musical dos Jardins. A entrada é gratuita a partis das 8am.

A maioria dos shows e eventos que acontecem no Palácio de Versailles são entre os meses de maio a outubro. Portanto se quiser ver algum, pesquise e programe-se com antecedência.

Escolhemos conhecer somente os Jardins externos gratuitos, que são os mais visitados e devido a sua extensão levaria pelo menos uma manhã inteira para percorrê-los e observá-los.




- esculturas e palácio principal

O jardim frontal é o maior e vale a pena descer as escadarias e andar até o lago maior, é tudo tão perfeitamente planejado e conservado de maneira impecável, da limpeza ao corte retangular da copa das árvores. Fico imaginando o gasto e o tanto de mão de obra necessários para manter aquilo.
É normal em meio a tantos turista você notar pessoas correndo e praticando esportes como o remo, são moradores locais e estudantes que frequentam o palácio como se fosse um parque público. Que chiques!!!

- parte frontal do jardim vista de longe


- árvores com a cor do outono e lago com a fonte onde ocorre o show Musical das Fontes



- apaixonada pelas folhas amarelas e tentando nos localizar


- praticantes de remo , bosques e animais nos jardins


Achei tudo muito majestoso, e fiquei imaginando festas organizadas pelos reis, encontros furtivos dos amantes pelos bosques, a realeza com aqueles vestidos lindos, tudo o que se lê em romances de livros ou que se vê em filmes de época, eu pude ver ali com os olhos da minha imaginação. Sabendo que tudo um dia foi real.


- palácio principal e jardim lateral

- deixando registrado - BRASIL

Voltamos a tarde para deixar minha tia no hotel, aproveitamos para almoçar em um restaurante chinês ao lado do hotel, que foi o que nos salvou pois já estávamos morrendo de vontade de comer qualquer coisa com sabor semelhante ao que comemos no Brasil, e comida chinesa, com suas carnes acebolados, peixe frito, frango xadrez, arroz colorido e macarrão foi, por incrível que pareça, o que mais nos lembrou uma comida caseira. A comida era no peso e escolhendo de tudo um pouco e dividindo por 5, saiu mais ou menos 8euros por pessoa com a bebida. Foi a refeição mais barata da viagem.

Decidimos que esta tarde seria perfeita para finalmente subir na torre Eiffel, pois era dia de semana e o céu estava claro. Rezamos para que não houvesse a mesma fila absurda que vimos no dia da nossa primeira tentativa e nossas preces foram atendidas, a fila estava pequena. Demoramos uns 45 minutos entre comprar o ingresso e subir no elevador. Queríamos ir direto ao 3 piso, ver a vista mais alta antes de anoitecer. Para os corajosos de plantão também da para subir até o segundo piso de escada.
Ticket subida elevador: 
adulto 14.50euros / de 12 a 24anos - 13euros/ criança 4 a 11anos e cadeirantes - 10euros
horário: 9:30 - 23:00 (inverno) / 9:00 - 00:00 (verão)
taça de champanhe - 12euros


- vista da torre pela estação Trocadero (para mim o local que se tem a vista mais linda da torre)


O elevador é grande e sobem umas 25 a 30 pessoas por vez. Não vou mentir que dá um friozinho na barriga, ainda mais que eu não sou muito fã de grandes alturas, mas depois que chegamos lá em cima e vi tudo muito bem gradeado o medo passou!! ufa!
A Torre Eiffel tem 324m de altura até seu cume, e nós subimos até 280m de altura para ver Paris de todos os ângulos possíveis. Lá de cima você consegue identificar vários pontos, principalmente se você já os visitou antes: a Catedral de Notre Dame, o Louvre, os jardins, a roda gigante na margem do Sena, etc...

 - altura da torre 


- a vista lá de cima, rio Sena cortando a cidade, lindo demais!

Foi muito perfeito estar lá em cima e ver a cidade de Paris se iluminar. Ver por inteiro a "cidade Luz" de um lugar privilegiado como esse não tem preço. São momentos como esse que somente uma viagem pode registrar em sua memória e por isso se torna inesquecível!
Muitas pessoas pensam que Paris é conhecida como "cidade Luz" pelo fato da cidade ser super-iluminada, mas na verdade, é chamada assim porque durante séculos as mentes mais iluminadas nos diversos tipos de artes eram atraídos para Paris como insetos são atraídos pela luz. Assim, pintores, escultores, escritores, arquitetos, músicos, bailarinos, artistas de todo o mundo se mudaram para Paris, que se tornou o maior centro de artes do mundo. Não é a toa que Van Gogh, Picasso, Santos Dumont, Chopin, etc foram para Paris. LUZ = CONHECIMENTO.

- vista ao cair a noite 


Quando descemos lanchamos crepe de Nutella (ahhh como vou sentir falta dessa gordice parisiense!!!!) e retornamos ao hotel. Também aproveitei para me despedir da tortinha de frutas vermelhas e do crossant de amêndoas da padaria vizinha ao hotel. Mais tarde da noite jantamos em um bar de uns italianos do outro lado da rua de frente ao hotel (como podem ver a nossa localização era excelente). 


SEXTO DIA
Mais uma manhã chuvosa, e dessa vez foi necessário comprar um guarda-chuva (5euros). Como era nosso último dia não podíamos arriscar ficar no hotel, precisávamos ver o que faltava e fomos debaixo de água mesmo visitar a igreja Madeleine. É uma igreja católica consagrada a Santa Maria Madalena, fica na praça da Concórdia e sua arquitetura é em forma de um templo clássico grego. Muito bonita!
Igreja Madeleine 











- Obelisco na Praça Concórdia

A Place de la Concorde (praça da Concórdia) onde fica o obelisco, já recebeu o nome de Praça da Revolução, durante a revolução francesa e foi palco de eventos sanguinários. Foi instalada nessa praça uma guilhotina que foi responsável pela execução de 1.119 pessoas, entre elas o rei Luis XVI, Maria Antonieta, Philippe de Orleans, Danton e Lavoisier. Marcada pela lembrança do terror e execução d família real, só na Revolução de Julho de 1830, que a praça recebe seu nome definitivo: Praça da Concórdia.
O obelisco foi um presente do vice rei do Egito a França. Posteriormente a praça ainda recebe duas fontes, a Fonte dos Mares e a Fonte dos Rios.


Outro ponto turístico ali próximo é o edifício da Ópera de Paris ou Ópera Garnier, considerado uma obra-prima da arquitetura de seu tempo, tem estilo neo-barroco e capacidade para 1979 espectadores sentados. Não entramos no edifício porque estava fechado mas se você tiver a oportunidade não perca pois pelas minhas pesquisas vi que a estrutura interna por si só já é um espetáculo. Salvei algumas fotos da internet para mostrar. Se você aprecia óperas pode assisti-las na Ópera Garnier ou na Ópera Bastille. Veja as programações no site: http://www.operadeparis.fr/



- Ópera Garnier


Quando a chuva cessou resolvemos ir ao Jardim de Luxemburgo. No caminho passamos pelo Pantheon, que fica no Quartier Latin (bairro), rodeado de colégios e da universidade de Paris I, então é comum notar inúmeros estudantes por ali, matando o tempo, lanchando e lendo. Almoçamos em um pub irlandês ali perto antes de descer para o jardim.


- frente do Pantheon e detalhes


O jardim de Luxemburgo é o maior parque público de Paris, com 224mil m2, e abriga o Palácio de Luxemburgo. Esse jardim é uma réplica do grandioso Jardim de Boboli, no Palácio Pitti de Florença, construído por Maria de Médicis, viúva de Henrique IV. Ela não gostava de residir no Louvre (então moradia da monarquia francesa) e por ser italiana, sentia muita falta de sua terra natal e resolveu recria-la, na época, fora dos limites de Paris. Comprou a propriedade de François de Luxembourg, por isso o nome do local.
No verão o parque é cheio de pessoas praticando esportes, jogando xadrez, lendo, comendo, enfim, é um lugar para matar o tempo muito frequentado pelos franceses e recebe grande quantidade de turistas o ano todo!





- Jardins (um pouco secos no outono) e Palácio de Luxemburgo

Visitamos também as Galerias Lafayette, um shopping de dois prédios interligados, um prédio de artigos femininos, decoração e linha infantil, no outro tinha artigos masculinos, bebidas e supermercado. As galerias são enormes com 5 andares cada, e só artigos de grifes caras. Se o euro não fosse tão caro para nós brasileiros dava até para se fartar. Maaaaaaaas como a cotação estava 1euro=3.30reais, compramos com moderação. Se comprar não esqueça do TAX FREE. Valeu para conhecer o lugar que é lindo e saber das novidades das marcas que raramente chegam ao Brasil.


 - decoração de Natal e os dois prédios das Galerias Lafayette


Terminamos o dia visitando novamente a Torre Eiffel para despedir, esperamos ela acender e até comprei um vinho na Lafayette para saborear admirando a torre em nosso último dia!





- um brinde a linda Torre Eiffel


Mais tarde da noite, fomos nos despedir de nossos amigos no bairro Bastille. Drinks bem elaborados no bar The Lab, que é super pequeno mas agradável e musica legal, e jantar comida japonesa no Fujisan, onde um prato de combinados para 4 custou 42euros. Muito bom!!!




 - The Lab


- comida japonesa

De sobremesa paramos na barraquinha do crepe Nutella e churros com Nutella antes de ir para o hotel (5euros).


SÉTIMO DIA
Fomos de taxi para a estação Gare du Nord pegar o trem das 10:30 para Amsterdã. Trem da companhia THALYS, passagem 129euros e total de 3h de viagem. Trem com wifi e vagão lanchonete.

AU REVOIR




























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