quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Praia dos Carneiros - PE



Nosso final de ano de 2016 foi bem tumultuado: após perdermos um voo para Buenos Aires, caímos de paraquedas na Praia dos Carneiros, para não voltar pra casa em pleno natal tristes e frustrados. Já estávamos no estado de Pernambuco e partimos de Recife para Tamandaré que fica a menos de 2h de carro. 
Eu sempre quis conhecer essa praia, e superou minhas expectativas. Centro pequeno mas com tudo que precisávamos , supermercado e loja de roupas de praia. Tivemos que comprar roupas de banho, afinal nossa mala não estava preparada para o litoral. 



A primeira parada foi no bar Bora Bora (R$30 por carro para estacionar dentro do complexo), um dos mais conhecidos por lá, com uma super estrutura a beira mar. O lugar é bem tumultuado por ser muito grande, então é bom chegar cedo para pegar um bom lugar e se preparar psicologicamente para um atendimento mais ou menos. Mas para quem está com família e criança é a melhor opção pela quantidade de sanitários, chuveiros e lounges. A dica é deixar as coisas na mesa para guardá-la e aproveitar a maré baixa para ficar na praia ou fazer passeios.
Nesse primeiro dia ficamos aproveitando a praia de águas calmas e cristalinas. Minha filha que só tem 1 ano e 10 meses ficava em pé com água até o joelho, muita liberdade para ela brincar sem perigo.






















Depois fizemos um passeio de charrete até a Capela de São Benedito, ponto turístico mais famoso nas fotos de quem visita essa praia! (passeio de charrete para 4 adultos R$40).
A Capela de São Benedito é propriedade privada e só tem missas particulares de vez em quando e também é alugada para casamentos.
Um banho de mar em frente a capela é maravilhoso, pelo visual e pela água limpa, calma e quentinha.



















No segundo dia retornamos ao Bora Bora para mais passeios. A maré estava ainda mais baixa e atravessamos a pé até os corais que ficam logo em frente a praia. Dentro dos buracos entre os corais se formam pequenas piscinas e dá até para ver uns peixinhos. 

















Depois alugamos um barco para conhecer um banco de areia entre o mar e o rio, e uma ilhota que tem banho de argila. O banco de areia é lindo, uma imensidão no meio do oceano, a água rasinha. Abuse do protetor porque não tem nenhuma sombra.
Quando chegamos no banho de argila natural a maré já havia subido, então não dava mais para passar para o local. Colocaram a argila em um balde para quem quisesse mas não tive vontade de provar.  









 - turistas tomando banho de argila




















De noite, a cidade de Tamandaré, onde fica a praia dos Carneiros, oferece algumas opções de pizzaria e barzinhos. Jantamos na Pizza do Almirante e conhecemos um barzinho temático dos Beatles, o Submarino Amarelo, com um cardápio variado e cerveja estupidamente gelada.





Esses foram nossos poucos dia na Praia dos Carneiros, mas pretendemos voltar, alugar uma casa para ficar mais dias tranquilos com a família. Vimos muitas opções de pousadas, inclusive vizinhas ao Bora Bora, que é a parte mais badalada da Praia. Soubemos que o réveillon lá foi muito animado e a festa da Pousada Praia dos Carneiros é bem famosa. Fica aí a dica!!!

domingo, 8 de janeiro de 2017

Carnaval Carvalheira - Olinda

Depois do frisson do Réveillon, a próxima festa mais esperada pelo brasileiro é o Carnaval. Já tenho aqui no blog uma matéria sobre os carnavais brasileiros que já pude experimentar. Mas como novidades em festas sempre vão aparecendo, resolvi falar do meu carnaval do ano passado (2016) para ficar como dica de uma boa festa para vocês curtirem o carnaval deste ano.

O grupo Carvalheira é especializado em festas, sempre muito bem organizadas e frequentadas por gente jovem e bonita. Em Olinda, longe do carnaval tradicional das ladeiras, acontece o Carvalheira na Ladeira, em uma mega estrutura montada e open bar. É legal ficar ligado nas vendas de ingresso online para comprar no preço mais amigável dos primeiros lotes. Você pega os ingressos e a blusa do abadá alguns dias antes da festa, mas tem que buscar em Recife.


Esse ano os 4 dias de festa serão de 25 a 28 de fevereiro.

Em 2016 eu fui no sábado de carnaval e a atração principal era Saulo. Saímos com uma van fretada de João Pessoa, no famosos bate-e-volta. Para poder curtir a festa e voltar no mesmo dia sem se preocupar com dirigir e pegar estrada.

A festa já impressiona na chegada, com vários painéis e adereços para você fazer fotos legais. O espaço de praça de alimentação é bem amplo e com boas opções de lanches e comidas, que é pago a parte. Tem muitos banheiros, o que sempre reparo porque odeio passar aperto para fazer xixi em festa. Um espaço gigantesco de pista em frente ao palco e algumas partes cobertas de camarote para quem quer fugir um pouco do sol. Isso mesmo: a festa começa a tarde e você deve caprichar no protetor solar para não ficar com o rosto vermelho e nem com a marca da roupa como bronze né!
Tem também uma área fechada com telão e refrigerada que é o espaço da boate onde toca um Dj.
Você pode pegar bebida alcoólica nos vários bares espalhados pela festa ou em carrinhos que ficam passando pela pista dando apoio. Bebidas não alcoólicas como aguá e refrigerantes ficam em geladeiras espalhadas pela praça de alimentação para você se servir a vontade.
Eu bebi, pulei e dancei até anoitecer e fui embora na hora que começou um Dj. Não sei até que horas foi a festa mas eu já estava cansada e ainda tinha a viagem de volta para casa. Foi ótimo, valeu a pena, valeu o preço, eu recomendo e iria novamente. Então fica aqui minha dica.

 









quinta-feira, 26 de maio de 2016

Colônia do Sacramento & Montevidéu

Esta viagem foi feita em agosto de 2015. Minha filha estava com 5 meses de idade e viajamos com um casal de amigos, nosso objetivo era uma viagem curta, no friozinho e tranquila, para testar a primeira viagem com nosso bebê. 

Pegamos um voo para Montevidéu, no aeroporto alugamos um carro com cadeirinha e partimos para a cidadezinha de Colônia do Sacramento. Um trajeto de 180,3Km (umas 2h30 de viagem) pela Ruta 1. Estrada boa, com bonitas paisagens e pouco trânsito. Há 2 pedágios no caminha que custaram R$6.50 cada. 
Paramos para comer e trocar fralda. Foi um restaurante self-service na estrada, a comida era razoável para o preço salgado que cobraram. Infelizmente não recordo o nome do lugar para NÃO indicar para vocês hehehehehe.




Chegamos a Colônia no fim da tarde e demos entrada no hotel. Escolhemos o Hotel Radisson por ser um dos maiores hotéis da cidade, mais moderno e estruturado para quem quer conforto e vai com crianças. Foi uma ótima sugestão da minha amiga Gaby que já conhecia a rede desse hotel. E vou dizer que foi muito bom porque pegamos uma manhã de chuva e íamos ficar presos sem fazer nada se estivéssemos em um hotel mais simples. Mas no Radisson tem piscina e jacuzzi interna e aquecida, então foi quase uma manhã de spa! 


jacuzzi e piscina aquecida interna















café da manhã delícia



Colônia é uma cidade pequena de 26 mil habitantes, 336 anos e seu centro histórico é reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Foi a única cidade do Uruguai colonizada por portugueses. Ela também é a cidade mais próxima a Buenos Aires, e por isso existem barcos, tipo uma grande balsa, que fazem a travessia até a capital argentina. Esse passeio é bastante procurado pelos turistas, e nós até tentamos ir, mas quando perguntamos no hotel, o último horário da balsa já estava para sair. Chegamos a ir até o terminal hidroviário, mas é necessário estar lá com 1h de antecedência, devido a alfândega (por causa da mudança de país) e a verificação dos passaportes. Não achei a travessia barata, lembro que de navio para 3 pessoas sairia mais de 800 reais. Não vi os preços das balsas. Como já conheço Buenos Aires, ter perdido o passeio não foi tão decepcionante. Então fica a dica para quem for a Colônia e quiser atravessar até Buenos Aires: informe-se no seu hotel, de preferência logo no primeiro dia e chegue cedo. Você também pode pesquisar no site https://www.buquebus.com/portugues

Sempre que viajo, fico ansiosa em provar a comida do local, adoro pedir pratos diferentes e comidas que dizem ser tipicas. Infelizmente nessa viagem nos decepcionamos um pouco, primeiro com o almoço na estrada, depois com nossa primeira refeição em Colônia, que foi um jantar no restaurante Punta Piedra. O lugar nos chamou a atenção pelo visual rústico, com paredes de pedra, cadeiras de ferro, iluminação baixa, afinal, super charmoso, e tinha clientes dentro. Mas tudo não passou de um vislumbre, porque a comida foi um desastre. 
Eu raramente como salada crua em restaurantes mas decidi acompanhar minha amiga que pediu uma salada de frutos do mar, e até ela que é acostumada a comer saladas estranhou, pois nos pareceu que eles simplesmente descongelaram os frutos do mar e jogaram em cima das folhas, nada parecia fresco, tinha até um tipo de ostra muito suspeita que parecia mofada. Juro, eu não tenho frescura pra comer mas não quis arriscar, estava muito estranho e ter uma dor de barriga logo no inicio da viagem poderia arruinar tudo. Esperamos o pedido dos meninos, que era pizza, mas até isso não estava bom. Como um ser humano erra na pizza? estava com a massa grossa e mal assada, e não tinha muito sabor, meio sem sal, não sei explicar. Resumo, os 4 comeram a pizza e saíram com fome. Reclamamos e não pagamos a salada. Só o que salvou foi o vinho e a cerveja.




















No dia seguinte começamos a desbravar Colônia a pé logo cedo, pela Av. General Flores, a principal avenida da parte nova da cidade. Seguimos sem um plano específico de roteiro, fomos para o centro histórico ver praças, faróis e estradas de pedra. A cidade estava vazia, tranquila, o que dava ainda mais a impressão de ter parado no tempo. 

  av.General Flores

Passamos pela Basilica do Santíssimo Sacramento e continuamos até o Portón del Campo, a porta de entrada da Cidade Antiga, com os restos da antiga muralha de pedra que existia em Colônia. Muito bonito. Dentro da cidade antiga procuramos as ruas mais famosas : a Calle de los Suspiros e a Calle Solis. A Calle de Los Suspiros é a rua mais antiga da cidade, onde se conservaram as pedras do pavimento original e as casas baixinhas portuguesas do primeiro período colonial. Só é permitido o acesso de pedestres nessa rua.















 Calle de Los Suspiros












































Dali continuamos até a Plaza Mayor, a principal praça da antiga colônia, onde tem alguns estabelecimentos como restaurantes, casa de câmbio, hotel, lojas. Resolvemos almoçar por ali. O sol já tinha despontado e amenizado o frio, a paisagem era muito bonita, de frente para a Calle Solis e para o Farol. Mas novamente não me agradei da comida. O restaurante era super charmosinho e estava lotado. Meu prato era risoto de frango: primeiro que não era risoto, era arroz e também não curti o tempero, mas deu para comer. O nhoque do meu marido estava melhor.



 

- Plaza Mayor





 
 - farol e sua base de pedra

 



- restaurante na Praça


























Você pode subir no Farol, mas nós continuamos caminhando, acho que a barriga cheia não foi o estímulo ideal para subir escadas. Fomos dando a volta na cidade seguindo agora o Rio de La Plata, no qual você terá a impressão de que é o mar mas na verdade é um rio.
Durante o passeio despretensioso fomos nos deparando com paisagens lindas que renderam belas fotos, com casas e museus de pedra, mas não visitamos nenhum dos museus. Tem o Museu do Azulejo, o Museu Municipal, o Museu Naval e o Museu Português.
 

- beirando o Rio da Prata


 

 



- paisagens e belas fotos







Chegamos no final da tarde na Muelle 1866, de onde é possível ver toda a orla de Colônia e assistir um belíssimo pôr-do-sol. O Muelle é um deck de madeira, rodeado por iates e veleiros. Mas resolvemos retornar ao hotel para assistir o sol se pôr de lá, que também foi uma ótima indicação. 
De noite jantamos no hotel mesmo. Não teve erro dessa vez, a comida estava deliciosa!

Na minha opinião visitar Colônia do Sacramento em apenas um dia, no famoso bate-e-volta, pode ser suficiente, afinal, fizemos todos os pontos turísticos em um dia só. Mas o fato de estarmos com um bebê nos fez passar 2 noites na cidade, o que não achei perdido não, foi muito bem aproveitado.





No dia seguinte saímos da bucólica Colônia do Sacramento rumo a capital uruguai, e no caminho visitamos um produtor de vinhos, a Bodega Juanicó produtora do vinho Don Pascual, uva Tannat, que é a melhor uva produzida na região. Você pode agendar a visita com tour pela fazenda, conhecer o processo de fabricação e depois a degustação. Como estava chovendo bastante não fizemos o passeio, só passamos para comprar umas garrafas de vinho. 

 
 - Bodega Juanicó



 - seleção de vinhos Don Pascual


Chegamos em Montevidéu na hora do almoço e fomos direto ao Mercado del Puerto, que é tipo um mercado municipal de São Paulo só que menor, e é uma boa escolha para pedir pratos típicos como os diferentes cortes de carne bovina. São muitos restaurantes e não estranhe as pessoas te abordando o tempo todo para te convencer de qual escolher, é meio chato mas sorria e continue andando. Sentamos na Cabaña Verônica, pois a chapa cheia de carnes estava muito bonita e nossa fome muito grande hehehehehe! 
Pedi um baby beef, que consiste num pedaço enorme de carne macia e suculenta com direito a um acompanhamento (sempre estranho a pobreza de acompanhamentos em outros países), por isso eu e meu marido pedimos acompanhamentos diferentes para poder repartir. A bebida sugerida pelo garçom foi o Medio Medio que segundo ele é muito conhecida e consiste numa mistura de vinho branco e frizante. Achei gostoso, doce e fraquinho. 

 

 Mercado del Puerto

Nos hospedamos no Pocitos Plaza Hotel na parte mais moderna da cidade e próximo a praia pela facilidade de encontrar padarias, farmácia e restaurantes em caso de necessidade. Os melhores bairros da cidade são Pocitos e Punta Carretas.
A noite jantamos em um bar que conhecemos em uma viagem anterior a Montevidéu, o 62 Bar, gostamos da comida e do ambiente e resolvemos fazer um repeteco.

No dia seguinte fomos desbravar alguns pontos turisticos que passaram desapercebidos na vez passada e rever os mais conhecidos. A primeira parada foi a Basílica Santuário do Sagrado Coração de Jesus, que por ser mais afastada sugiro que peguem um táxi. Fomos com nosso carro e google maps na mão. O bairro era estranho, residencial, só tem a igreja mesmo para ver e não tinha muitas pessoas na rua. Infelizmente a basílica estava fechada, não pudemos ver por dentro, mas valeu a pena só pela beleza exterior mesmo.


Retornamos para o centro histórico, na Praça da Independência, centro da cidade, a "ciudad Vieja". Lá revimos o Palácio Salvo, Teatro Solis, Puerta de la Ciudad Vieja, Palácio Estévez, Museu Torres Garcia e Catedral Metropolitana de Montevidéu






















Descemos caminhando pela Avenida 18 de Julho, uma das principais, com diversas lojas, praças, feira de artesanato, até passarmos por uma fonte cheia de cadeados. Comprei alguns cosméticos, almoçamos Mc Donalds e voltamos para buscar o carro na Praça da Independência.

 
pela avenida 18 de Julho

De carro fomos beirando a área do Porto e a orla, que é uma das mais extensas que já vi. Eu estava atrás de umas letras com o nome Montevidéu que havia visto na última viagem, e as achei lá em cima, na Rambla del Kibon. Pelo o que entendi, os pedaços de praia são divididos em Ramblas. Uma pena que estava frio, porque achei a praia bonita e frequentaria se o clima estivesse mais agradável.

















- Rambla del Kibon


Durante a noite saímos a pé pelo bairro, que era bastante movimentado,  com trânsito de pedestres e carros, restaurantes, lanchonetes, drogarias, pizzarias, sempre em cada esquina tinha alguma coisa, o que torna o bairro seguro para se andar, me senti como no bairro Jardins de São Paulo, onde sempre me hospedo e ando sem medo.
Procuramos pelo tripadvisor um restaurante de sushi para jantar e achamos o Miyagi Sushi, muito bom e barato, mas não aceitava cartão e nem moeda estrangeira. Somente pesos. 
Logo na esquina com este restaurante havia um barzinho tocando música brasileira e nos chamou a atenção, fomos até lá e encerramos nossa última noite de viagem tomando umas cervejas. 

A viagem foi super tranquila com meu bebê, pois com 5 meses ela ainda não tinha vontades, não andava, só se alimentava de leite e dormia em qualquer canto, por isso esteve presente em tudo o que fizemos e não nos deu muito trabalho. Hoje, com 1 ano e 3 meses já é bem diferente e uma viagem dessas se torna inviável. Vocês talvez notem uma mudança em nossos padrões de viagem quando formos viajar com ela. Mas é isso ai, o importante é não deixar de viajar!!!!